PREZADOS ALUNOS POSTEM NO COMENTÁRIO OS SEUS RELATOS DE CASOS, EM SEGUIDA, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) RELACIONE OS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS ENVOLVIDOS NO CASO CLINICO;
2) DENTRE OS MICRORGANISMOS RELACIONADOS COM O CASO CLÍNICO, SELECIONE UM E FAÇA A DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA, FISIOLÓGICA E BIOQUÍMICA;
3) DESCREVA OS MÉTODOS UTILIZADOS PARA ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE UMA DAS BACTÉRIAS RELACIONADAS NO CASO CLÍNICO;
4) CASO O PACIENTE TENHA UTILIZADO ANTIBIÓTICOS, CITE OS MECANISMOS DE AÇÃO E DE RESISTÊNCIA DESSES ANTIBIÓTICOS;
5) QUAIS OS FATORES AMBIENTAIS QUE FAVORECERAM PARA A INSTALAÇÃO DO QUADRO INFECCIOSO E EVOLUÇÃO DA DOENÇA?
FACULDADE DE IMPERATRIZ – FACIMP
DISCENTE: Francisca Thaís Matos Cruz
RELATO DE CASO
DESCRIÇÃO:
J.
F, mulher branca, 20 anos de idade, solteira, moradora de um bairro que não
dispõe de saneamento básico, procura um PS em função das frequentes dores no
corpo, náuseas, vômito e inapetência. Relata ter se tido inflamações frequentes
na garganta 15 dias antes da visita ao médico.
HISTÓRICO DO PACIENTE: Além dos surtos de
faringite a paciente relatou ter sentido bastante dores de cabeça, calafrios
dores musculares e Erupção cutânea (exantemas, pequenas manchas
vermelho-escarlate de textura áspera na pele que apareceram inicialmente
no tronco, depois tomaram a face, o pescoço). Acrescentou também ter uma má
alimentação e histórico de carência nutricional quando criança o que propicia a
uma baixa no sistema imunológico ficando assim vulnerável a vários tipos de
infecções.
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico da escarlatina é feito principalmente com observações clínicas
(associação de febre, inflamação da garganta e erupção puntiforme de cor
vermelho vivo e de distribuição típica), entretanto deve ser confirmada através
da pesquisa do estreptococo num esfregaço colhido por swab da garganta na
região chamada nasofaringe (coleta-se a secreção exsudado).
A
confirmação da doença também pode ser feita após a cura através de exames de
sangue (testes sorológicos). Por fim
antibiograma para identificação de sensibilidade a Bacitracina fechando o
diagnóstico laboratorial.
Após
a realização do exame foi confirmada a presença de Estreptococo
beta hemolítico do grupo A, ou seja Streptococcus pyogenes que é a causadora da escarlatina, doença que acomete
a paciente.
TRATAMENTO: O tratamento de escolha para a escarlatina é a
penicilina que elimina os estreptococos, evita as complicações da fase aguda,
previne a febre reumática e diminui a possibilidade de aparecimento de
glomerulonefrite (lesão renal). Nos doentes alérgicos à penicilina o
medicamento habitualmente utilizado é a eritromicina.
Respostas das questões
01. Dentre os microrganismos relacionados no caso clínico, selecione 1 (o mais importante) e descreva as suas características e mecanismos de patogenicidade.
1-
Streptococcus pyogenes –
é uma espécie de bactérias Gram-positivas com morfologia de coco, pertencentes ao género Streptococcus, do grupo A de Lancefield. Elas causam a faringite bacteriana comum. Os S. pyogenes são imóveis e crescem otimamente a
37 °C. São inibidos por altas concentrações de glicose. São cocos, com cerca de 0,5-1 micrómetros, que coram de
roxo com a técnica Gram (positivos). Têm portanto paredes celulares grossas e uma membrana
simples. Eles formam linhas ou pares em cultura, são anaeróbios facultativos e
catalase-negativos.
As infecções mais frequentes causadas pelo Streptococcus
pyogenes localizam-se na faringe e amídalas que podem dar origem a febre
reumática e glomerulonefrite, pele (piodermites e erisipela). A mais
característica é o impetigo, que se iniia como uma vesícula que progride
rapidamente para uma lesão recoberta por crosta espessa.
02. Descreva os métodos utilizados para o isolamento e identificação do microrganismo relacionado no caso clínico.
O diagnóstico da escarlatina é feito
principalmente com observações clínicas, entretanto deve ser confirmada através
da pesquisa do estreptococo num esfregaço colhido por swab da garganta na
região chamada nasofaringe (coleta-se a secreção exsudado). O isolamento é facilmente obtido contendo
ágar-sangue, onde o mesmo forma colônias beta-hemolíticas. A maneira mais
segura para identificar o agente patógeno é verificar se o streptococo isolado
possui o carboidrato do grupo específico.
03. Caso o paciente tenha utilizado antibiótico cite os mecanismos de ação e de resistência desses antibióticos.
3-
Penicilina – As penicilinas agem pela inibição
da síntese da parede celular-bacteriana, através de ligações com enzimas
bacteriana específicas (proteínas fixadoras de penicilina) e, também estimulam
a produção de autolisinas bacterianas à Bactericidas.
MECANISMO
DE RESISTÊNCIA: Produção de enzimas que hidrolisam os antimicrobianos
(beta-lactamases): Incapacidade do antibiótico em atingir o sítios de ligação
na parede celular bacteriana (proteínas fixadoras de penicilina), modificação
das proteínas fixadoras de penicilina, com a consequente diminuição de suas
afinidades pelos antibióticos beta-lactâmicos.
04. Quais os fatores ambientais que favorecem para a instalação do quadro infeccioso e de evolução da doença.
4-
Outono e inverno são as
estações do ano quando a maioria dos casos são vistos. Primavera e verão show
um relativamente pouco número de casos. Nem sexo, nem raça influenciam o risco
de febre escarlatina. Status socioeconômico também não desempenham um papel. No
entanto, aqueles em áreas aglomeradas são mais em risco devido ao elevado risco
de exposição à doença. Isso inclui escolas e creches
05. Descreva as possíveis estratégias de profilaxia da doença relacionada no caso clínico.
A melhor forma de
prevenir a doença é evitar o contato com pessoas infectadas.
Sempre é bom lembrar que portadores assintomáticos do estreptococo
podem transmitir a bactéria.